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Torção testicular: Como identificar e o que fazer?  

Torção testicular é uma emergência médica que afeta principalmente adolescentes, ocorrendo frequentemente durante a madrugada. Se não tratado rapidamente, o fluxo sanguíneo comprometido pode causar danos permanentes ao testículo

Reconheça os sinais e reaja rapidamente para preservar a saúde testicular. 

A torção testicular é uma emergência médica que afeta principalmente adolescentes, frequentemente ocorrendo durante a madrugada. Esse problema surge quando o testículo gira em torno de si mesmo, comprometendo o fluxo sanguíneo. Se não for tratado rapidamente, o testículo pode ser permanentemente danificado. 

Os primeiros sinais incluem uma dor intensa e súbita no testículo, que pode irradiar para a região abdominal. É fundamental que os pais e os adolescentes reconheçam a seriedade dessa dor e procurem atendimento médico imediato. 

A torção testicular requer intervenção cirúrgica urgente para “distorcer” o testículo e restaurar o fluxo sanguíneo. O tempo é crucial – a cirurgia deve idealmente ocorrer dentro de quatro horas após o início dos sintomas para maximizar as chances de salvar o testículo. Infelizmente, algumas vezes os sintomas são subestimados ou tratados apenas com analgésicos, o que pode levar à perda do testículo afetado. 

Além do tratamento do testículo torcido, é comum que o outro testículo seja fixado durante a cirurgia para prevenir futuras torções, já que a condição muitas vezes está relacionada a uma predisposição anatômica. 

Estudos mostram que cerca de 15% dos pacientes que experimentam torção em um testículo pode sofrer a mesma condição no outro. Portanto, a fixação preventiva é uma medida importante para proteger a saúde reprodutiva do jovem. 

Em resumo, a torção testicular é uma condição séria e o reconhecimento rápido dos sintomas, seguido de uma intervenção médica imediata, é essencial para evitar complicações graves. Se o seu filho ou paciente apresentar dor testicular intensa e repentina, procure ajuda médica sem demora. 

Dr. Carlo Passerotti
Dr. Carlo Passerotti

Estudou Medicina na Escola Paulista de Medicina (EPM), e também, mestrado e Doutorado, na Universidade Federal de São Paulo. Pós-doutorado em cirurgia robótica na Harvard Medical School, Boston, onde foi o primeiro brasileiro a ser certificado e treinado em cirurgia robótica. Atualmente é Professor Livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP, orientador na pós-graduação da Universidade de São Paulo, e coordenador do serviço de Urologia e Cirurgia Robótica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.