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O que é a cirurgia robótica na urologia

A cirurgia robótica é uma técnica minimamente invasiva que utiliza um sistema robótico para realizar procedimentos cirúrgicos na área urológica. Essa técnica tem se tornado cada vez mais popular nos últimos anos, pois oferece muitos benefícios tanto para o paciente quanto para o cirurgião. Esta técnica evoluiu rapidamente na urologia, principalmente devido a dificuldade de realização das cirurgias de próstata, bexiga e rim, por via laparoscópicas, pois estas cirurgias normalmente envolvem uma reconstrução e não somente a retirada da lesão. 

O sistema robótico utilizado na cirurgia é importado por 4 braços robóticos, controlados pelo cirurgião por meio de um console de controle. Esses braços são equipados com instrumentos cirúrgicos de alta precisão e uma câmera 3D de alta definição, permitindo que o cirurgião tenha uma visão ampliada, ao redor de 10x, e mais detalhada da área a ser operada.

A cirurgia robótica na urologia é indicada para uma variedade de procedimentos, incluindo prostatectomia radical, nefrectomia parcial ou radical, cistectomia radical, pieloplastias, reimplantes uureterais e reconstruções do trato urinário. Esses procedimentos são realizados visando tratar várias condições, como câncer de próstata, câncer de rim, câncer de bexiga e estreitamento do trato urinário.

Uma das principais vantagens da cirurgia robótica na urologia é a redução do tempo de recuperação do paciente. Como a cirurgia é minimamente invasiva, o paciente geralmente experimenta menos dor e desconforto após a cirurgia, o que permite uma recuperação mais rápida e um retorno mais rápido às atividades normais.

Outra vantagem da cirurgia robótica na urologia é a precisão dos movimentos do robô. Como o robô é controlado pelo cirurgião, ele pode realizar movimentos precisos e delicados que são difíceis de serem realizados com as mãos humanas. Isso pode levar a melhores resultados cirúrgicos e a uma diminuição do risco de complicações.

Além disso, a cirurgia robótica na urologia pode resultar em menor perda de sangue durante a cirurgia, o que pode ser especialmente importante para pacientes, com problemas de coagulação sanguínea e levando também a um baixo risco de transfusão sanguínea. Também pode resultar em melhor estética, devido às menores cicatrizes, o que pode melhorar a aparência da área operada.

Dr. Carlo Passerotti
Dr. Carlo Passerotti

Estudou Medicina na Escola Paulista de Medicina (EPM), e também, mestrado e Doutorado, na Universidade Federal de São Paulo. Pós-doutorado em cirurgia robótica na Harvard Medical School, Boston, onde foi o primeiro brasileiro a ser certificado e treinado em cirurgia robótica. Atualmente é Professor Livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP, orientador na pós-graduação da Universidade de São Paulo, e coordenador do serviço de Urologia e Cirurgia Robótica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.