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Entendendo o Câncer na Bexiga: sintomas, tratamentos e prevenção

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O Câncer de Bexiga surge como um alerta à saúde, posicionando-se entre os tipos mais comuns de câncer nos Estados Unidos. Sua associação com o tabagismo reforça a necessidade de atenção às nossas escolhas de vida e hábitos diários. Neste artigo, vamos explorar o que é o câncer de bexiga, seus sintomas e as opções de tratamento disponíveis.

O que é o Câncer de Bexiga?

O câncer de bexiga frequentemente se desenvolve na mucosa da bexiga, a camada mais interna que reveste o órgão. As células anormais se multiplicam sem controle, podendo formar um tumor e, em alguns casos, se espalhar para outros tecidos e órgãos.

Sintomas do Câncer de Bexiga

Os sintomas iniciais do câncer de bexiga podem ser sutis e facilmente confundidos com condições menos graves. No entanto, é vital estar atento aos sinais, que incluem:

– Sangue na urina (hematúria), que pode ser visível ou detectável apenas por exames;

– Urgência urinária ou frequência aumentada para urinar;

– Dor ao urinar (disúria);

– Dor nas costas ou no abdômen inferior.

É importante ressaltar que esses sintomas podem ser causados por outras condições benignas. Por isso, é essencial procurar um médico para um diagnóstico preciso.

Tratamento do Câncer de Bexiga

O tratamento para o câncer de bexiga varia conforme o estágio da doença. Quando diagnosticado precocemente, a Ressecção Transuretral de Bexiga (RTUB) é o procedimento mais comum.

Esta cirurgia endoscópica permite a remoção do tumor através da uretra, proporcionando uma ótima chance de cura, nos estágios iniciais.

Devido a alta taxa de recorrência deste tipo de câncer, pode ser necessário adotar terapias adicionais e o controle, após a remoção, tem que ser bem cuidadoso e preciso.

Uma das opções de tratamento, após a remoção, é a instilação intravesical de BCG, que utiliza um bacilo atenuado da tuberculose para estimular a resposta imune local e prevenir o retorno do tumor.

Normalmente, esse tratamento diminui, em 3 a 4 vezes, o risco de recorrência. Alternativamente, pode-se
aplicar quimioterápicos diretamente na bexiga para promover a “descamação” da mucosa e evitar a recidiva do câncer.

Medicamentos novos e promissores, desenvolvidos recentemente, também tem sido utilizados, nestes casos, com excelentes resultados.

Nos casos mais avançados, onde o tumor invade o músculo da bexiga, a cirurgia de cistectomia (remoção da bexiga) e prostatectomia (remoção da próstata) pode ser necessária.

Essa abordagem pode ser realizada por meio da cirurgia robótica e é geralmente feita em conjunto com a quimioterapia.


A reconstrução da bexiga, ou do trato urinário, pode ser feita de diversas maneiras, utilizando uma parte do intestino normalmente.

A combinação de quimioterapia e radioterapia também é uma alternativa para o tratamento. Nos casos, a depender de diversos fatores, esta terapia pode ser utilizada, para preservar a bexiga, ou quando os pacientes não podem realizar o tratamento cirúrgico.

Dr. Carlo Passerotti
Dr. Carlo Passerotti

Estudou Medicina na Escola Paulista de Medicina (EPM), e também, mestrado e Doutorado, na Universidade Federal de São Paulo. Pós-doutorado em cirurgia robótica na Harvard Medical School, Boston, onde foi o primeiro brasileiro a ser certificado e treinado em cirurgia robótica. Atualmente é Professor Livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP, orientador na pós-graduação da Universidade de São Paulo, e coordenador do serviço de Urologia e Cirurgia Robótica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

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